sexta-feira, 26 de abril de 2013

O tempo, o progresso e há esperança

"Modificava-se a fisionomia da cidade, abriam-se ruas, importavam-se automóveis, construíam-se palacetes, rasgavam-se estradas, publicavam-se jornais, fundavam-se clubes, transformava-se Ilhéus. Mais lentamente, porém, evoluíam os costumes, os hábitos dos homens. Assim acontece sempre, em toda sociedade." 

Jorge Amado, 1958, em "Gabriela, Cravo e Canela. 


E é assim. Construímos os mais altos edifícios, verticalizando a sociedade de forma  desenfreada, mas os sentimentos humanos são obstruídos. Do prédio mais alto, da comunicação mais rápida, em tempo real, vemos a modernidade por inteira. Mas, e o que vem de dentro? Esse desenvolvimento dá voz a poucos, nega os direitos de muitos e muitas, mata pelas diferenças, prende a igual liberdade de todos. Opressores e oprimidos: os primeiros permanecem no topo e os segundos continuam a lutar por dignidade. Hoje, lutemos por novos hábitos e por pessoas mais humanas. Que venha o progresso, e que esse seja por inteiro.

Jorge, ainda há esperança.